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A batalha da credibilidade

Por Tatiane Mendes em 14/05/2019 na edição 1037

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Em tempos de bolhas informativas, ou seja, na possibilidade de se criarem grupos de interesse cuja legitimidade reside mais na proximidade do que na credibilidade de cada membro, atestar se determinada informação é verdadeira ou não se torna menos importante do que aderir a determinados posicionamentos que refletem convicções e identidades. Como exemplos recentes, temos as efemérides relativas à ocupação russa da Crimeia, a eleição de Donald Trump e, posteriormente, a eleição de Jair Bolsonaro ao mais alto cargo executivo brasileiro, episódios que reforçam o argumento anterior de Henry Jenkins de que aquilo que não é propagado está morto (2014).

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Disponível em :http://observatoriodaimprensa.com.br/dilemas-contemporaneos/a-batalha-da-credibilidade/

Geni, a mídia e o zepelim

Por Tatiane Mendes em 26/05/2015 na edição 852

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Em idos da década de 1970, Chico Buarque criara, entre crítica e poesia, a figura sofrida de Geni, aquela mesma que se voluntariara a satisfazer os desejos do tenebroso forasteiro do zepelim e assim salvar a vida dos seus conterrâneos. Após a consumação do ato, a moça fora execrada pela população, desejosa de restituir seu equilíbrio moral. Tal figura materializa a ideia do bode expiatório, para onde convergem todas as pedras (morais e físicas) provenientes das incansáveis mãos (e bocas) dos cidadãos de bem. Cria-se assim a metáfora do inimigo público numero um, o grande malfeitor da sociedade, para pensar as efemérides divulgadas constantemente na cobertura midiática brasileira atual, como as operações da Polícia Federal e, ainda mais recentemente, a nova condenação do traficante Luiz Fernando Costa (Fernandinho Beira-Mar), explorada em prosa e verso pela cobertura jornalística da última semana

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Disponível em : http://observatoriodaimprensa.com.br/feitos-desfeitas/geni-a-midia-e-o-zepelim/

A ocupação não será televisionada

Por Tatiane Mendes em 01/04/2014 na edição 792

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Segundo o filósofo francês Michel Foucault, o discurso não é o que traduz as lutas, mas é o próprio motivo pelo qual se luta (1969, p.2). Se lesse as manchetes dos grandes jornais nacionais durante a última semana, possivelmente Foucault encontraria motivos que reforçassem sua teoria exposta na obra A ordem do discurso. Um rápido passar de olhos pelos jornais de domingo (30/3) do Rio de Janeiro, mais especificamente O Dia e O Globo, deixa transparecer uma disputa simbólica na ocupação do complexo de favelas da Maré, cujo processo iniciou-se na semana passada e culminou na presença ostensiva das forças armadas no local, em uma efeméride que já gerou 113 prisões e um sem numero de invasões, denúncias de tortura e as já costumeiras arbitrariedades recorrentes na política estadual, pintada e travestida de retomada de territórios

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Disponível em : http://observatoriodaimprensa.com.br/caderno-da-cidadania/_ed792_a_ocupacao_nao_sera_televisionada/

Vilões e heróis da mídia internacional

Por Tatiane Mendes em 25/05/2010 na edição 591

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Brasil e Irã fecham acordo sobre a produção nuclear. A mídia brasileira, de forma generalizada, reitera declarações sobre a inocuidade dos termos, engrossando o coro de Inglaterra e França às novas sanções ao país oriental. Ainda que se destaquem todas as já há muito conhecidas características do governo iraniano e suas peculiares declarações, é preciso questionar a conceituação de violações de direitos humanos e dar aos leitores a contextualização do termo, não fomentando a caça às bruxas onde não compete.

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Disponível em : http://observatoriodaimprensa.com.br/feitos-desfeitas/viloes-e-herois-da-midia-internacional/

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